quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

No primeiro dia, a dor é quase sufocante, o coração quase pára de bater e o chão quase passa a não existir... No segundo dia, você acorda e sente um vazio no peito, levanta e sente que não tem forças pra continuar o resto do dia, mas, de um jeito inexplicável, chega ao final intacto. No terceiro dia, o que se torna sufocante é a saudade... Tudo te lembra um alguém ou situação. As lágrimas caem quase que sem sua permissão. Tudo é apenas uma mera desculpa pra procurar, ligar, encontrar... Você pensa nas oportunidades de estar onde essa pessoa está, no mesmo horário e mesmo dia.

Depois de uns 3 dias você começa a se acostumar com a dor, com a saudade. Na verdade, já nem dói tanto assim, porque você aprendeu a viver sem aquilo que perdeu, que já não tem mais. Começa a acordar e no primeiro momento já não pensa que seu cel estaria tocando a essa hora, levanta normalmente, leva o dia normalmente... E então, na segunda semana, você já está completamente conformado. Não se sente sufocado, não se sente angustiado... O tempo vai passando, e você já nem congela quando o seu celular toca, pois você sabe que não é aquela pessoa... De repente, você percebe que não foi tão difícil quanto achou que fosse ser, que em tese foi fácil deixar pra lá. E que na verdade, não é o coração que não nos permite esquecer, é a nossa mente que insiste em lembrar.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Quando você pensa demais em algo que não daria certo, começa a dar valor aquilo que perdeu, mas que tinha tudo pra dar..."

É, engraçado eu dizer isso... Há um tempo eu tinha certeza que o que estava em minha mente era o certo, e conforme as coisas foram mudando, meu conceito de "certo" também foi mudando. Na verdade, meu conceito do que eu queria estava mudado! Sim, porque, do que adianta se ter o que se quer, se o que não se quer é o que se precisa ter? Engraçado falar assim... Mas é como me sinto agora, deixando pra trás algo que pensei que pudesse me levar ao desespero, me levar ao meu próprio desconcerto. Começando a ver o jeito que a vida te faz mudar de opinião e até mesmo mudar os sentimentos, rs.

Engraçado também como a gente só dá valor ao que perde, quando perde. As vezes Deus nos tira algo, pra nos fazer perceber que é daquilo que precisamos, e não o que pensávamos querer. Nossos desejos são traidores, nossas vontades são enganosas... Nosso coração quer aquilo que nossa mente idealiza. Bom, se eu pensar muito em uma coisa, vou querer pra mim. Mas, se eu pensar "não preciso disso", minha mente simplesmente joga fora a lembrança de algo que eu até pensei em querer, mas decidi que não! E pronto, meu coração automaticamente esquecerá também... Bom, em tese, é assim! Tá certo que na teoria as coisas não funcionam como a gente gostaria, ou como deveriam funcionar.

Vamos lá, e se eu desesperadamente começo a lembrar do seu abraço bem apertado?? É, lembranças que minha mente está produzindo, que me nego a apagar.. Lembranças, fortes, aquecedoras, que me transformam e mudam meus pensamentos por alguns segundos, o suficiente pra te querer aqui junto de mim o mais rápido possível.

Mas... e se eu apago essas lembranças? Se apago cada segundo que vivemos, cada abraço, cada sorriso... E se eu simplesmente esqueço? Meu coração se acostuma sem você aqui, e em questão de tempo, começo a querer o que não dei valor, mas que teria tudo pra dar certo, mas que por uma ilusão da minha mente e até do meu coração, infelizmente perdi...

É assim que me sinto agora, apagando lembranças suas, pensando no que poderia ter dado certo e desperdicei, mas que farei o que possível for pra ter de volta. =)